segunda-feira, 16 de agosto de 2010

quero que saibas

quero que saibas que de teu peito-rocha não desejo apenas a superfície, não me contento em ser marca ou inscrição... quero de ti o sulco mais íntimo, oculto em tua mais profunda reentrância. escavo o teu seio em busca do tesouro que me prometeste: a recôndita rosa, pura e virgem, jamais tocada, que guardas a ferro e fogo, suor e sangue. quero de ti não somente o amor, mas o amor absoluto, louco, que incendeia corpo e espírito, conforta, espera e não se cansa. quero de ti o que só tu podes me dar, porque se quero és tu quem quero, inteira, sem tirar nem por, tu, a personificação dos meus mais secretos e intensos desejos.

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