É tudo tão igual todo dia
É tudo tão normal todo dia
As coisas vão e vem
Tudo se desfaz
Na mais perfeita sintonia.
E a cada passo que eu dou
Sei o que irá acontecer
Eu já vi o mundo novo
E o vi envelhecer.
E toda vez que sinto sede
Sei o que irei beber
Eu já senti isso antes
Não vou me surpreender.
Bem vindos ao novo mundo
Que parece que é verdade
Vivam os ’60 novamente
Esqueçam a realidade.
E o que se fala, já se falou
O que se veste, já se vestiu
O que se odeia, se amou
O que não se sente, se sentiu.
O acorde foi tocado
E o silêncio se quebrou
E a palavra proferida
À ignorância silenciou.
É tudo tão igual todo dia
É tudo tão normal todo dia
As coisas vão e vem
Tudo se desfaz
Na mais perfeita sintonia.
[solitude_]
2 comentários:
Concordo com os 1º e último parágrafo. Tudo passa muito rápido; vem e vai mais rápido ainda.
Os anos 60 estão de volta, em tudo o que você citou.
Não sei se você vai se sentir ofendido, mas vejo seu texto perfeitamente como uma letra de música de rap. Ia ficar legal.
Beijos
Desculpa responder só agora o comentário, mas muito obrigada. Sei que o poema é um pouco triste, mas ele não é auto-biográfico. Aliás, pouquíssimos poemas meus têm resquícios meus... Então, não se preocupe em gostar dessa "minha" tristeza! Esse último poema teu é muito bom, nossa! Parabéns!
Abraço!
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