Cuspo
o cuspe
cuspido
o sangue
vermelho
despido
o momento
no tempo
perdido.
E a muda
e fria
calçada
me acolhe
sem
pedir
nada.
Em troca
me dá
o mundo
perdido
nos copos
sem fundo.
E a vida
morre
calada
na enchente
na
enxurrada
de rostos
e seios
compressos
nos nossos
lábios
impressos.
E os braços
não são
mais os mesmos
nem são
os mesmos
desejos.
Os sonhos
que um dia
sonhamos
perderam-se
na efígie
dos anos.
E agora
tudo
que amo
se perde
nesse
oceano
de lembranças
que já não
lembramos
de mãos
que já não
seguramos.
3 comentários:
Genial. =]
lido em voz alta: musical e desconcreto.
Eu já te disse que ficou bom e eu acho que já te disse que percebo bem teu estilo literário.
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