quarta-feira, 9 de setembro de 2009

em teu sono

em teu sono te manténs
intacta: como um anjo, dormes,
embebida em eternidade.
com os olhos te acaricio,
com as mãos navego pelas marés
do teu corpo.
assim te mantenho: incólume
diante do desejo que pulsa
na artéria.

o sal da tua pele guarda
as provas da loucura
do nosso amor.
os lençois são as únicas
testemunhas dos crimes
que não cansamos de cometer.
e somos sempre culpados
por amar e transfundir à carne
o calor da paixão.

mas, dormes...
e nosso lábios não se estreitam
em beijo sem fim.
só os meus murmuram
o teu silêncio...
e, enquanto dura o teu sono,
me deleito no simples
e sincero prazer de te ter
ao meu lado.

3 comentários:

Jéssica Mendes disse...

Ah, os poetas apaixonados...

gazzbi disse...

Paixão?
Isso não existe no dicionário.
Nunca encontrei a palavra que define o que sentimos no dicionário que fica aberto na nossa frente.
Particularmente, nunca a encontrei.

Mellina disse...

wow.