sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

adeus

o cristal
dos dias
enegrecidos
- desejos
e sonhos
perdidos;
inimigos
que não
foram
vencidos –
ignora
as rosas
partidas,
ignora
os impulsos
suicidas
- a música
calada
no silêncio
da estrada;
puídas
as cordas,
fechadas
as portas.
e a chaga
deixada
permanece
parada:
em seu
canto,
sorrindo
o meu
pranto.
desfazem-se
as constelações
no desespero,
nas confissões...
e no dia
não há
mais
cristal:
dissolveu-se
em sangue
e em
cal.
jamais houve
real
esperança,
apenas
uma ingrata
lembrança
- e vagando
pelo meu
mundo,
imerso
num buraco
sem fundo,
deixo aos
homens
os seus
e os meus
eus,
e à vida
um efêmero
adeus.

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