domingo, 31 de janeiro de 2010

a vocês, a mim

por toda minha vida
fui obreiro de erros
irreparáveis – assassinei
Ilamilde, Bebel, Lídia,
Zózimo, José e tantos
outros... Sem perceber,
assassinei a mim.
agora, deixo a vocês
o justo ódio repleto
de lágrimas e de sangue;
deixo a vocês a justa vingança,
o justo sabor do meu egoísmo desenfreado.

rezem por mim um último
Pai nosso e deixem que
as pétalas de minha rosa
descansem sobre o meu peito...
mas, não alimentem
qualquer esperança,
minha alma não possui salvação...

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