quinta-feira, 25 de março de 2010

Se eu fosse Júlio ou Jorge

a paixão, segundo
o meu entendimento,
é a expressão máxima
de um sentimento
evanescente –
como um perfume,
é extremamente
volátil: intensa,
mas efêmera.

o que sinto por ti
não é senão amor –
a cristalização
do ápice
da paixão –
uma montanha
fincada na planície
de meu ser: permanente,
inabalável.

e não há sequer
um dia
em que não me
esforço para descobrir
uma nova maneira
de dizer
eu te amo.
e contudo não há
outra forma de dizer
eu te amo
senão dizendo
eu te amo...
se eu fosse Júlio ou Jorge,
talvez tivesse mais
a te oferecer...
mas, sou eu,
e disso não posso
fugir. E, sendo eu,
tenho apenas duas coisas
a te dar: um coração na mão
e um eu te amo,
dito num sopro,
por entre lábios e ouvido.

Um comentário:

angela viana disse...

ah,adorei esse! sem defeito!