segunda-feira, 19 de abril de 2010

volta

neste ônibus
- que me arranca
com excessiva
brutalidade
a instintiva idéia
de infinito e eterno
que temos sobre
nós mesmos,
postando-me frente
ao ser humano
efêmero
que vem e vai,
que vem
e sempre
vai,
na mais absoluta
das certezas
do homem -
viajo.

é mais uma
noite tortuosa
em que o mundo
descansa sobre
as pálpebras Sonolentas.
outra vez embrenho
por entre obscuros
caminhos da selva
de pedra. o medo
e a incerteza
se percebem num
vislumbre
e chegam a ser
quase tão fortes
quanto a saudade
de casa.