o tempo
afia as suas
navalhas –
corta-me
incessantemente –
degola-me
e se delicia
com o sangue
rubro
que escorre
do pescoço
às ancas.
o desespero
sorri
em minha face
para o mundo.
a infausta
esperança
cospe-me
a cara.
lenço na
mão,
limpo
e continuo
sujo.
indecente,
vil,
homem.
e não há
remédio
contra a
minha
natureza.
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