quando na noite se abate
o silêncio pérfido, entre
sonos e mudagonias,
jogo-me ao chão num
desespero contido, e
debato-me nesse ar
que me engole e me
aprisiona em sua cela
translúcida: calabouço
íntimo de deliberado
afastamento diário.
mas, nascerá o dia...
e com ele o sol e sua
torrente incendiosa,
prometendo queimar
essa palha seca que
ergue-se em sua labuta
vulgar, construindo
muralhas que, ao final,
apenas me protegerão
de mim mesmo...
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