segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Desabafo. Sobre minha mente.

Agora eu me sinto como uma ovelha desgarrada de seu rebanho. Confundo-me em meus próprios pensamentos e sentimentos. A tristeza da qual eu desfruto é capaz de matar-me e reavivar outro velho estado, o da solidão. Tento lutar, mas minhas forças agora são poucas, foram diminuindo com o passar do tempo e hoje são quase nulas.

Os alicerces que me sustentavam aos poucos vão se quebrando e sendo perdidos. A convivência com estes se torna cada vez mais rara e/ou conturbada.

Estar assim me desanima e me torna vulnerável aos meus inimigos, que só esperam uma oportunidade para me atacar.

Por pura ignorância ainda tenho inimigos, não deles, minha. Quando alguém burro se torna esclarecido e com um conhecimento um pouco acima do da maioria este recorre a o que eu acho ser um mecanismo de defesa, ou de fraqueza, a arrogância. É o meu caso, e em sua maioria, as pessoas não gostam de arrogância, mesmo que na verdade ela apenas esconda uma fraqueza daquele que a possui.

Posso parecer inabalável, mas a cada segundo que passa, eu sinto que vou me perdendo em um caminho cheio de trevas e obstáculos, onde os que saem vivos, saem mais fortes, porém estes são raros.

Meus amores não me confundem, mas me traem. Tenho apenas quatro únicos amores que me são fiéis e sempre serão, Gabi, meu irmão, Rodrigo e meus pais, Ada e Christovão. Por estes eu não mataria, mas morreria. Sem hesitar, faria os maiores sacrifícios pela integridade física ou mental de qualquer um deles, além de por ficar em suas companhias.

Com a perda de algum deles, minha vida se torna sem graça e sem motivos para que eu a continue vivendo. Não parece, mas eu tenho sérios problemas psicológicos. Eu preciso de um motivo pra viver, e são esses quatro, os únicos. Só e somente esses quatro, não um, não outro, os quatro.

Ficando no estado em que estou, tenho que recorrer a um velho aliado, senão inimigo disfarçado, aquele que me trás alegrias nas horas necessárias e me torna introspectivo nas horas certas, o álcool.

Este que me deixa tão bem em alguns momentos, trata de me acabar por dentro e por fora, seja por agressão ao meu organismo, seja por culpa na sapiência de que cedi novamente a um velho vício.

Não quero que sintam pena, quero simplesmente que entendam minha postura diante das pessoas, e só depois de entenderem pelo o que eu passo, me julgarem bom ou mau.

No auge da minha melancolia e decepção foi que fiz esse texto, peço outra vez que entendam, mas dessa vez que seja algum erro ou contradição, pois é esse meu estado não só de agora, não só de hoje, mas da fase pela qual eu passo, sou errante, sou contraditório, sou confuso e sou ilusório.

Aos meus amores, Rodrigo e Gabi, aos meus conselheiros, Christovão e Ada, a Julinho, meu grande professor, ao meu miguxo Tharsis, um dos meus leitores e amigos preferidos e a Deus, que tratou de me fazer uma criatura tão digna de tudo o que tenho, seja bom, seja ruim. Obrigado a todos.




[solitude_]