domingo, 26 de julho de 2009

a poesia e o silêncio

erro pelo mundo
ao meu redor
cantando entre
os surdos
ouvindo o canto
dos mudos.
a vida se revela
sempre esse
disparate
e se dissipa
em espasmos
cada vez
mais escassos.
chegará uma hora
que o corpo não
tremerá pelo frio.
chegará uma hora
que a poesia se fará
com o silêncio.
e quando a poesia
for o silêncio
do que somos...

e quando a poesia
for o silêncio
do que somos?

5 comentários:

Unknown disse...

"eu grito pros surdos o meu silêncio estridente/ repetir, repetir, repetir até ficar diferente"

Jéssica Mendes disse...

Eis a questão.

clap clap clap *palmas*

tgcampelo disse...

Quando a poesia for o silêncio que somos? Faz de teus ombros pedestal do mundo. E aí é chagado o tempo em que a vida é só ordem. Espera o dia da morte.

Anônimo disse...

Obrigado pelos comentários, amdei sumida mas estou voltando. seus textos também são bons. bjs

Pauliane MS disse...

e quando a poesia for o silêncio do que somos?

a ordem dos fatos estará certa e poderemos finalmente entender o que ouvem os surdos, tornando a vida menos escassa, mais evidente até mesmo para os cegos perdidos em seu escuro.
E no fim, as certezas, estarão mais firmes
pois até mesmo no silêncio, haverá palavras.

Suas palavras me encantam, não apenas essa poesia, mas todas que eu já li por aqui. Mesmo utilizando palavras simples, você consegue transmitir mensagens incriveis. :*