sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

poema sem fim

os olhares perdiam-se no mar –
como um tapete, fluía
e se estendia até que, com
o céu, fosse um só.
a noite era longa
e chovia.
um vento forte soprava
contra nossos rostos,
os lábios tremiam
com o frio.
na rua, o asfalto esburacado
abrigava a água da chuva
em diversas poças, onde
a vida se passava em pedaços
de filme. Nós as pisávamos e,
espalhando a água,
trabalhávamos para que
fossem uma vez mais
esquecidas aquelas lembranças.
quando a chuva cessou
e o céu se despiu de suas
nuvens, resplandeceu a lua.
enxerguei-a no teu olhar,
que brilhava como a luz
daquele luar.
esqueci de dizer como
ficaste linda, com os cabelos
molhados caídos sobre os olhos...
contudo, não esqueci de te abraçar,
porque sentias frio. Nem esqueci
de te beijar, porque tua boca desejava
a minha. E também não esqueci
de te amar, porque te amo
em cada segundo, porque te amo,
porque te amo... no mais, não esqueci
e não esquecerei de te amar.

Um comentário:

Marina disse...

tão sincero que me fez sentir