quarta-feira, 9 de junho de 2010

sempre teu

encontrei em ti a beleza do mundo,
um descanso do grande martírio existencial.
contigo, meu caminho é mais suave
e meu fado é mais leve.
foste, em um só tempo, o meu calvário
e a minha redenção perante o divino.
sinto escorrer por entre os meus dedos
toda a dor e todo o rancor que fui capaz
de suportar... Porque em tua presença
minha vileza é liquidada, e sob o teu
toque me elevo à estirpe dos anjos.
e agora, enquanto escrevo este poema
e dormes, te concebo com imaginação
de amante, para que meu sono seja embalado
pelas ondas de teu mar-amor.
devolveste a poesia à minha vida
e já não sou poeta senão teu poeta...
teu poeta, teu, para sempre, sempre teu.

Um comentário:

:) disse...

tua, pra sempre tua