sexta-feira, 18 de abril de 2008

Sem título

Eu ando pela rua e ouço gritos;
Não são gritos de felicidade.

O que eu ouço é o som da dor. Da agonia pessoal.
Os gritos começam a aumentar. O eco me ensurdece...

Eu continuo andando.

O pão esfarela e cai sobre as minhas mãos.
Eu jogo os farelos na rua...

E continuo andando.

Mil coisas acontecem,
Outras mil acontecerão.

E com a mesma cabeça erguida e o olhar fixo no que virá,
Eu continuo andando.



[solitude_]