A casa está em chamas!
A madeira corroída desmorona
Sobre meu ser estirado ao chão
Ao menos ela tem um motivo para estar caída...
Choro lágrimas de dor e sofrimento
E de esperança, para ser sincero
Tentando apagar de vez o incêndio
Que há muito vem destruindo minhas edificações.
E a cada parede caída
A cada lágrima perdida
A cada lembrança envenenada
Eu desabo,
Assim como desaba minha casa.
Me misturo em meio aos escombros
Torno-me madeira e concreto
Num emaranhado de sentimentos adversos
Tentando inutilmente reerguer meu lar
Quando possuo meu próprio corpo ainda no chão.
Tento silenciar a voz dentro de mim
Mas minha boca continua a falar
E o que sai dela é meu coração
Aos pedaços, como em um vomito pausado
Cuspo, cuspo, e cuspo mais
Só pra ter a boca limpa
E poder falar o que quero:
Meu coração foi a última coisa que a senhora conseguiu levar!
[solitude_]
5 comentários:
Nossa, que triste e depressivo! Mas mesmo assim, bonito.
Beijos
Huum...é que o barulho do coração vem de um movimento involuntário e, um corpo quase morto, querendo mostrar-se vivo faz com que os tumtuns corram goela acima e tranformam-se nas mais sinceras palavras.
So strong!
destroi casas, e esperanças :/
Meu Deus, eu boiei no final.
Pedoe a minha ignorância, mas saiba que apreciei muito sua poesia.
Mas que capacidade de escrever poemas fortes, em.
Olhando Pra Grama - Crônicas de um ansioso
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