sábado, 11 de abril de 2009

Condenação

Em mim arde a culpa dos crimes que deixei de cometer.
Sou assassino dos meus próprios Desejos.
Suicido-Lhes na prisão da vida rotineira,
Arguindo-me pelo noir désir de cada dia.

(Morte sobreviva em minhas veias;
Sangue de homem que corre e que fere
A alma, maculada pela lucidez intransigente.)

Que há de exuberante numa vida de sofismas -
Disparate vulgar e tão presente?...

Anseio pela derradeira sentença.
Pois que haja o céu,
Mesmo que esteja reservado o meu lugar no inferno.

3 comentários:

Paulo César di Linharez disse...

o melhor em tempos!

Air disse...

"Em mim arde a culpa dos crimes que deixei de cometer.
Sou assassino dos meus próprios Desejos."

Essa foi a parte que mais gostei. Ficou foda. :)

C'est la maaaanieeee

Anônimo disse...

Muuuito bom.
Não sei se já comentei antes, mais teus textos tem o estilo Romântico(período).